terça-feira, dezembro 16, 2008

Intervalos

Apesar de a cabeça andar ocupada com aparelho respiratório, fibroses quísticas e afins (não vou explanar os afins, perderia-me entre expectorações e condensados brônquicos, ok... eu páro!)

Mas, apesar da cabeça andar ocupada com essas matérias, por vezes, deparo comigo a pensar na vida.

Pensar na vida...

Esta época do ano é propícia a esse tipo de pensamentos. Parece que quando finda um ano, inevitavelmente, fazemos o balanço do ano que está a terminar e, quase em simultâneo, as projecções para o seguinte.

Do ano que está terminar não quero falar muito. Foi mau. O pior da minha vida. Não vai deixar saudades! Espero que com o seu término, finde também a minha estrada de infortúnio que atravessei, penosamente, em 2008.

Do ano que se aproxima... tenho medos, tenho certezas e projectos.

Os projectos traduzem, tanto, em duas palavras: ser feliz.

As certezas são algumas: este ano quero viver mais e pensar menos. Quero abrir as portas do meu mundo! Quero experimentar coisas novas, quero conhecer mais, quero viver ao segundo!

Os medos são mais que muitos: medo de estar, daqui a um ano, a escrever o mesmo. Medo de, daqui a um ano, não ter conseguido alcançar as minhas metas, medo que a minha vida esteja no mesmo ponto em que o trabalho e o Mestrado, são, sem dúvida a parte mais importante.

Mas o que é certo é que, apesar destes medos, vivo o dia passo-a-passo.
Que das coisas más que me aconteceram acho que consegui tirar lições de vida e aprender com o sofrimento.

O importante, sei agora, não é o que sucede nas nossas vidas, é como damos a volta por cima!

E apesar das tristezas, eu continuo a querer rir e ser feliz!
Continuo a aproveitar ao máximo dos bons momentos que intercalam com os menos bons, são esses intervalos que nos dão força para dar a volta por cima!

Porque apesar das duras quedas, continuo a ter força para levantar, seguir em frente e, sempre, sorrir.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Ser feliz com o que temos

Pela teoria das pipocas (ver post anterior) hoje descentrei-me um pouco de todos os "se's" (e não são poucos) que me assombram e decidi viver de acordo com o lema "pelo menos temos as pipocas!"
E... surpreendentemente, hoje, ao fim de muitos meses, tive momentos de cumplicidade com a minha mãe!

Facto dificil desde que o meu pai partiu.

Mas hoje decidi viver de acordo com o lema "pelo menos temos as pipocas!".

Hoje fui almoçar com a minha mãe à Catedral da Cerveja no Estádio da LUZ! Sempre tivemos estes momentos maravilhosos em família. E, de acordo com o lema das pipocas, agora a minha família é a mãe, portanto, tenho que ser feliz com o que tenho. Não há mais ninguém, mas podemos (tentar) ser felizes na mesma. E, acima de tudo, a fazer coisas que sempre fizemos, em família!

E... pai, acredita que estás presente em todos os minutos que conseguimos conversar hoje.
E... pai, sei que onde estás, ficaste certamente muito feliz.

Afinal não custa muito. Podemos ser felizes só com as pipocas!

A ti, mãe, que estás cá para/por mim.
A ti, pai, que apesar de já não estares, continuas a ser a força, a inspiração da minha vida.
A ti, meu querido Tomás, que com o teu sorriso maroto e com a tua genuína simplicidade dos teus 7 anos, me ensinas coisas tão simples como: ser feliz com o que temos.

E, hoje, senti que não estava sozinha!

Pelo menos temos as pipocas!!!

Ver a vida como se tivéssemos 7 anos!
As coisas simples são as mais belas, e, se todos nós vissemos a vida pela perspectiva das crianças, sem dúvida, que saber viver seria muito mais fácil!

O meu afilhado Tomás, pela sua forma descontraída de ser, pela frontalidade, pela simplicidade, dá-me grandes licções de vida, desde pequenino. Tem 7 anos diz o que pensa (ponto!)...

Se as coisas são simples para quê complicar?!... até parece fácil!

Ontem íamos ver o Madagáscar ao cinema! Fantástico! Super entusiasmados! Mas, confesso que a minha ideia não foi brilhante: Domingo frio e chuvoso é sinónimo de Centros Comerciais cheios e cinemas lotados!

Chegámos, com toda a vontade do mundo, mas a sessão estava esgotada. Desapontamento.

Uma ida em vão ao cinema. Como lhe explicar?!
Mas... como sempre, este menino surpreende-me nas mais pequenas coisas. Com o seu sorriso mais lindo, e com a descontração que lhe é característica, diz-me:

"Pelo menos temos as pipocas!!!" E é um facto! E comemos alegremente as pipocas.

Não seria a vida muito mais fácil se também a encarassemos assim?!

domingo, dezembro 07, 2008

Lost

Não conhecia esta música, um amigo "ofereceu-ma", mesmo numa altura em que eu a precisava de ouvir. De facto, esta letra "traduz-me" na perfeição. Obrigada, João!

I can't believe it's over

I watched the whole thing fall
And I never saw the writing that was on the wall
If I'd only knew
The days were slipping past
That the good things never last
That you were crying

Summer turned to winter
And the snow it turned to rain
And the rain turned into tears upon your face
I hardly recognized the girl you are today
And god I hope it's not too late
It's not too late
'Cause you are not alone
I'm always there with you
And we'll get lost together
Till the light comes pouring through
'Cause when you feel like you're done
And the darkness has won
Babe, you're not lost
When your worlds crashing down
And you can't bear the thought
I said, babe, you're not lost

Life can show no mercy
It can tear your soul apart
It can make you feel like you've gone crazy
But you're not
Things have seem to changed
There's one thing that's still the same
In my heart you have remained
And we can fly fly fly away

'Cause you are not alone
And I am there with you
And we'll get lost together
Till the light comes pouring through
'Cause when you feel like you're done
And the darkness has won
Babe, you're not lost
When the worlds crashing down
And you can not bear the cross
I said, baby, you're not lost
I said, baby, you're not lost
I said, baby, you're not lost
I said, baby, you're not lost

by Michael Bublé

quarta-feira, novembro 12, 2008

Nó no estômago

Vem aí o Natal... percebi isso pelo enfeitar das ruas e dos centros comerciais.
Nó no estômago!
Queria hibernar... queria adormecer tranquilamente e acordar em 2009...
Nó no estômago!
Vem aí uma prova de fogo, mais uma!!!
Nó no estômago!

É o primeiro Natal sem ti, pai. Dói...
Natal, na verdade, para mim não vai ser Natal, pois... Natal é... ... já não sei definir Natal.
Natal é família, perdi-te.
Natal é amor, perdi-te.
Natal é nó no estômago!

Sempre gostei do Natal até tu teres adoecido, faz 2 anos em Dezembro que soubemos que estavas doente. E já partiste. Tão rápido. Tão dificil. Nó no estômago.

Afinal, há 2 anos a esta parte, que Natal tem uma definição "neoplasia ulcerovegentante maligna do cólon", este é o sinónimo de Natal desde 18 Dezembro 2006. NÓ NO ESTÔMAGO.

Não quero presentes, não quero oferecer presentes.
Só quero sobreviver a esta quadra. Que passe rápido.

Nó no estômago.

segunda-feira, novembro 03, 2008

O poder de um abraço

Há dias assim. Há dias cinzentos nas nossas vidas. Dias em que sentimos que o mundo conspira contra nós, que tudo o que pensamos, dizemos ou fazemos ecoa negativamente em nós.
E se tenho passado por dias cinzentos!

Mas, descobri o SOL por entre as núvens plumbeas! Aliás os meus Sóis!

O meu SOL foi o abraço que o meu afilhado me deu à saida da escola, abraço apertado conjugado com um beijo doce. O poder de um abraço. É enorme. Vale a pena sermos nós próprios, por estes sóis, vale a pena atravessar as núvens mais cinzentas.

O meu SOL foi também a alegria da minha Rita quando me viu chegar. O sorriso meigo da menina mais bonita que, quando me sorri, irradia luz e me aconchega o coração (mesmo quando chora e ninguém vê). Vale a pena, por estes Sóis, tudo vale a pena.

Hoje sinto-me mais tranquila, hoje sinto-me mais serena e isso devo a vocês, meus pequenos Sóis por entre as núvens plumbeas.

Porque mesmo quando o coração chora e ninguém vê, vocês estão comigo e dizem as palavras mágicas que me aquecem o coração.

Os meus pequenos sóis.

quinta-feira, outubro 30, 2008

Parabéns Pai!

Hoje farias os fantásticos 77 anos... Como o desejavas!
Hoje, tal como nos 26 anos anteriores, iriamos jantar fora e rir das nossas histórias alto e bom som, seriamos só 3 na mesa, mas, como sempre, a mais animada do restaurante!

Hoje eu ia tratar-te por "paizinho", dar-te "aquele abraço" e dizer Gosto Muito de Ti!
Dir-te-ia também que ias viver até aos 100 anos... e tu responder-me-ias que se fosse para ficar a dar trabalho preferias ir mais cedo.

Há um ano almoçámos os 2 em Campo de Ourique... foi especial! Eu sabia que era o teu último aniversário comigo... E desfrutei de cada segundinho. Almoçámos no Hércules e depois passeámos de braço dado pelo Jardim da Parada. Tenho saudades...

Tinha tanta coisa para te contar!
Nunca mais andei de bicicleta, pai. Não consigo ir à garagem e ver a tua bibicleta com os pneus vazios. Não tenho coragem!

E o Benfica... tantas coisas para falar, tantos jornais a "A Bola" para lermos a meias...

E as viagens, pai, tenho conhecido tanta coisa nova! Sim, "a miúda é atrevida!" não era isso que dirias, paizinho?

Hoje farias 77 anos... setenta e sete. Desde o dia em que nasci pensaste que só me verias crescer até aos nove, e eu, na minha inocência de criança dizia-te "9 não pai, 3x9!!!" Achava eu que era muito tempo... inocência de criança!

3x9 vinte e sete anos não são nada, passam a correr, queria mais 27!

E agora, pai, apesar da saudade que não passa nunca, vou vivendo a minha vida o melhor que sei e posso. E agora que não te posso abraçar e dar-te presentes, sei que a melhor homenagem que te posso dar é continuar a minha vida. Trabalhar e lutar para ser feliz.

Parabéns Paizinho! És o maior, hoje e sempre!

segunda-feira, outubro 27, 2008

sexta-feira, outubro 10, 2008

Fúria de viver

Respiro fundo... Estou viva, estou aqui!
Quero viver, viver, viver...

Quero entrar no mar e sentir-me a rolar por dentro de uma onda!
Quero rir, até doer a barriga!
Quero sentar-me à mesa com os amigos e perder a noção do tempo!
Quero sair, conhecer o mundo que é tão grande e tão diferente. Quero!

Quero viver porque vale a pena.
Quero viver porque sim!
Quero ser feliz, porque sempre o fui!

É uma fúria de viver que se assola em mim!

Porque a vida corre, sem voltar atrás.
Porque a vida é rápida demais para ser desperdiçada em superficialidades.
Porque não gosto de superficialidades. Quero viver.
Porque quando vemos o lado pior, sem dúvida, damos muito mais valor ao que temos e somos.

Quero viver.
Hoje e amanhã.

segunda-feira, setembro 29, 2008

domingo, setembro 28, 2008

Se estivesses aqui...

Nas coisas que fazíamos juntos estás comigo,
Ontem ouvi a tua gargalhada novamente,
Ontem vi o teu olhar a brilhar.

Vi e isso tudo sem sofrer,
Senti que continuas comigo,
mas não me dói, antes pelo contrário,
é um sentimento tão doce e suave!
Por isso,

não te posso desiludir e vou continuar a ser aquilo que sempre mais desejaste:

"uma pessoa de carácter, sem medos!"
tenho tido tantos...
fraquejei, confesso, paizinho.


Mas vou continuar a lembrar-me sempre de ti nas pequenas coisas. Sabes porquê?
Porque como tu sempre disseste:
"quando falamos de alguém que já partiu estamos-lhe a prestar uma homenagem"

segunda-feira, setembro 22, 2008

Happy Birthday Pedro e Susana

Hoje os meus amigos fazem um ano da casados!
Eu tive a sorte de ser a madrinha deste casal lindo, por dentro e por fora!

É bom ver os amigos felizes, eles são sem dúvida uma lição para mim!
Fazem-me acreditar que nos dias de hoje ainda há pessoas que se amam e são felizes.
Dizer "amo-te" é de facto muito fácil, agora... viver o "amo-te" é sem dúvida uma tarefa difícil, apenas exequivel para os perserverantes e audazes.

O Pedro e a Susaninha são um exemplo disso.

É difícil deixar de conjugar a vida no "eu" e passar a conjuga-la no "Nós". Poucos são os que o conseguem... não é fácil, é preciso sacrifício, tolerância e hoje em dia é tão raro ver pessoas que se transcendam e acreditem no "Nós".

Mas vocês conseguem-no, e eu fico muito orgulhosa por isso. Por favor, não mudem nunca.

Continuem a fazer-nos acreditar que o amor é possível.

Daqui a 49 anos vamos fazer a vossa grande festa de 50 anos de casados no lar de idosso (junto ao mar) onde vamos passar a 3ª idade. Conto convosco.

Beijos do tamanho do mundo!

quarta-feira, setembro 17, 2008

Hold Still

In this little town
cars they don't slow down
The lonely people here
They throw lonely stares
Into their lonely hearts

I watch the traffic lights
I drift on Christmas nights
I wanna set it straight
I wanna make it right
But girl you're so far away

Oh, hold still for a moment and I'll find youI'm so close,
I'm just a small step behind you girl
And I could hold you if you just stood still

I jaywalk through this town
I drop leaves on the ground
But lonely people here
Just gaze their eyes on air
And miss the autumn roar
I roam through traffic lights
I fade through Christmas nights
I wanna set it straight
I wanna make it right
But man you're so far away

Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
You're so close, I can feel you all around me boy
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there

Oh, hold still for a moment and I'll find you
You're so close, I can feel you all around me
And I could hold you if you just stood still
Oh, I'll hold still for a moment so you'll find me
I'm so close, I'm just a small step behind you
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there
I know you're somewhere out there


David Fonseca

segunda-feira, agosto 18, 2008

Inconstâncias da Vida

Do Cabo Carvoeiro a Peniche em linha recta e paralela ao mar...

... este é um caminho perfeito para pensar na vida...

Não necessariamente na minha vida mas na Vida, em geral.

Soa-me tão estranho quando ouço alguém dizer "sou dono da minha própria vida". Sorrio e penso "uma pura ilusão, sem dúvida!"

Se olhar com atenção à minha volta, a maior parte dos acontecimentos fulcrais que surgem - e marcam uma vida - não são preparados pelo próprio, muitas vezes caem de "pára-quedas", de rajada e muitas vezes (tantas!!!) são despoletados por alguém, muitas vezes (tantas!!!) por alguém tão próximo, alguém por quem daríamos a própria vida.

Por isso, quando me dizem "sou dono da minha própria vida", sorrio! A dita Vida se encarregará de mostrar o quão isto não é verdade.

Mas nem tudo é uma escuridão, a Vida, tem também o seu lado feliz. Quando estes "inputs" ocorrem inesperadamente e conseguimos superá-los, vencê-los e seguir em frente tornamo-nos mais fortes, muito mais fortes!
Quando isso acontece a Vida respeita-nos, sabe que somos capazes de superar o desafio. E pode, aí, dar-nos uma brecha de ar puro, uma luz ao fundo do túnel, uma segunda via para a felicidade!

É preciso ACREDITAR e ter FORÇA para superar o desafio... da Vida!

"Aquilo que não nos mata torna-nos mais fortes"

Eu ACREDITO.

Peniche, Agosto 2008

PS - Este texto é para ti, amigo e irmão P.
O que agora parece a escuridão com o tempo vai tornar-se LUZ. Força!

terça-feira, agosto 12, 2008

Os pequenos nadas ,,,


Os pequenos nadas da vida...
pequenas coisas da vida que nos podem trazer tanta alegria.

Os pequenos nadas
que preenchem o todo!

Os pequenos nadas da minha vida
* ouvir e cantar a plenos pulmões o Hino do Benfica na Luz,
* festejar um golo,
* apanhar uma onda,
* comer caracóis com os amigos,
* andar de bike,
* o pôr do sol na praia,
* jogar à bola com os meus afilhados,
* rir com todos até doer a barriga,
* chegar à praia e dar um mergulho no mar,
* vegetar em cima da areia,
* um filme no sofá,
* dormir,
...

e tantos outros pequenos nadas

que fazem a vida tão especial!

terça-feira, junho 17, 2008

Descobri-te nas ondas do mar

Entre o Céu e a Terra a distância que existe é aquela que queremos que seja,
descobri isso mesmo nas ondas do mar.

Ao caminhar junto ao mar, como fizemos ano após ano, descobri que afinal hoje não caminhava sozinha. Tu continuavas lá, ao meu lado!

Nas ondas do mar senti a tua força habitual
e a tua gargalhada sincera.

Nas ondas do mar descobri que a distância entre o Céu e a Terra é muito ténue e
continuas presente na minha vida:
descobri-te no silêncio do meu coração,
descobri-te na tranquilidade do meu pensamento.

Se em vez de me centrar na dor da tua ausência, te descobrir nas pequenas coisas da vida,
tu vais estar sempre comigo...

Descobri-te hoje nas ondas do mar!


Alvor, 10 Junho 2008

segunda-feira, maio 26, 2008

Aos Amigos

Quando a vida nos dá uma tareia que nos deixa marcados no corpo e na alma tive um bálsamo sem o qual as feridas seriam muito mais severas.
Esse bálsamo são vocês, os meus amigos!
Os meus amigos que não me abandonaram quando eu não tinha tempo para poder estar com eles. Quando eu me sentia numa encruzilhada sem cabeça fria para raciocionar estavam lá para me ajudar a manter a serenidade.

Os meus amigos não me abandonaram.
Os meus amigos lutaram ao meu lado até ao último suspiro.
Os meus amigos ergueram-me quando eu já não tinha forças.
Levantaram-me e obrigaram-me a seguir em frente.
Limparam as minhas lágrimas, e, quando não o conseguiram fazer, choraram comigo!

Os meus amigos estão sempre presentes nos bons momentos
mas foi no pior momento da minha vida que, em peso, mostraram que estavam comigo na dor, na angústia e na tristeza. E, acreditem, que a dor é menos dor com o vosso apoio!

Eu sempre disse que os amigos eram uma parte de mim, mas, nos últimos meses senti verdadeiramente o que isso significa!
E... é tão bom ter amigos como os meus!
Olhar agora para trás e sentir como eles me carregaram ao colo nas últimas semanas.
E... não me deixaram cair! Se hoje sinto que estou a recomeçar, a vocês o devo, para sempre!

Paula (2xPaula porque esta mulher é uma super mulher), Janja e Jace (o que seria de mim sem as minhas Js!), Susana (oh Drª qd o desespero apertava ter-te do outro lado fazia-me sentir mais segura! E as palavras de força e coragem nas horas derradeiras, não vou esquecer nunca) Ricky, Nicky, Peter e Susana, Paulo e Marta, Mig, Sarita e Andreia, Doroteia (Do: apesar de nem sempre vermos os amigos nos piores momentos eles estão sempre lá para nós, tu és assim!).

E há tantos nomes mais, tantos!

Até na pior dor me sinto com sorte por vos ter pois nunca me deixaram sentir que estava só!

E agora meio sério e meio a brincar, acreditem, que se hoje não estou a fazer anti-depressivos a vocês o devo! MESMO!

Recomeçar

Recomeçar ...

Um ciclo lindo da minha vida fechou-se no mês de Maio!
Este ciclo começou no dia em que o pai e a minha mãe, apesar da avançada idade para serem pai e mãe, decidiram ter uma criança!

A partir desse momento, a vida foi simpática connosco: eu nasci para dar uma enorme alegria ao meu pai, que anteriormente tinha experimentado a dura dor de perder uma filha; e uma enorme alegria à minha mãe, que aos 38 anos, quando desacreditava que iria passar pela experiência da maternidade, a vida lhe sorri!

Os 26 anos e 11 meses que se seguiram foram a vida que qualquer pessoa pode querer!

O meu pai, o meu herói, "viveu-me" com intensidade pois já tinha experimentado a amarga dor de perder uma filha muito querida. E essa intensidade tão profunda mas ao mesmo tempo tão ponderada permitiu-me crescer com liberdade, respeito e admiração mútua. Era o meu PAI mas também o meu melhor amigo!

O meu companheiro no futebol, nas corridas na praia, nos passeios de bicicleta - "vivemo-nos" com intensidade porque ambos tínhamos muito medo dos 50 anos que nos separavam e, inconscientemente, sabíamos que um dia, o dia 05/05 ia chegar... mas nem tu nem eu queríamos que esse dia acontecesse.

Graças a Deus "pudemo-nos viver" durante quase 27 anos ao contrário dos 9 que tu pensavas que iam ser desde o momento que me viste num berçinho da Maternidade.

Tive a grande oportunidade de viver contigo momentos tão lindos! Foste criança como eu quando brincavas comigo na praia. Foste adolescente comigo quando ficavas ainda mais excitado que eu com as minhas irreverências (deixaste-me ir sozinha aos 17 anos para a Áustria!). Foste caloiro como eu quando te escondeste atrás de uma árvore no Jardim da Parada, para me veres passar durante a praxe. Foste finalista como eu no dia em que fui colocada no HDE e me deste "aquele abraço" que só nós dois é que sabemos.

Mas eu também estava sempre contigo, desde o dia em que achava que te podia defender dos homens maus com as minhas botas grossas, aos dias em que te segurava pela mão e, juntos, íamos de coração nas mãos às tuas consultas. E no dia da drenagem em que estivemos 2 horas a drenar líquido da tua barriguinha, estavamos ali, só nós dois, e durante essas 2 horas... foi aí a nossa verdadeira despedida! Foi aí que tivemos a nossa última conversa, daquelas, que só nós os 2 é que sabemos!

E de todas as vezes que nos zangámos, tinhas sempre tanta razão! Foram poucas vezes, mas agradeço-te por todas, pois, em cada uma aprendi sempre mais - tu sempre viste a vida três passos à frente do dia presente!

Este ciclo fechou-se a 05/05/08 mas fechou-se tal como começou, com muito AMOR! De mim para ti e de ti para mim! Muito AMOR pois terminou com uma suavidade celeste, a nossa tríade familiar, eu, tu e a mãe, de mão na mão, de mão na mão, até ao último e doce suspiro.

Nesse suspiro terminou este ciclo e foste para onde mereces estar, no Céu!

Ajuda-me Pai neste meu novo ciclo a ser e a viver de forma tão linda como tu viveste!

E a ti, mãe, que sei que sou a esperança quando já era remota, a filha muito desejada que, muitas vezes, pensaste que nunca existiria, a ti mãe, te digo: estou aqui! E só te tenho a ti! Agora somos só eu e tu. Tu e eu. E "vamos-nos continuar a viver" como o pai queria que acontecesse.

Paz, amor e alegria. O nosso ciclo fechou-se mas em homenagem a ti, paizinho, este nosso lema de família, pequena em número mas grande em amor, vai permanecer.

Hoje, voltei a conseguir escrever. Hoje, renasço para que, em cada dia da minha vida, eu a viva o melhor que saiba e possa para, deste forma, te prestar a maior homenagem que, sem dúvida, mereces!

terça-feira, fevereiro 19, 2008

Day after Day

Olá!

Tenho tanto por dizer tanto para contar... (acho que há uma música que começa assim)
e eu também me sinto assim!

Tenho tanto para contar, tantos flashes que vou captando no dia-a-dia e ... sem tempo para escrever!

Mas acima de tudo, como dizem na terra de Sua Majestade, bottom line há algo que quero ressalvar - a vida para mim, hoje tem mais valor!

Mesmo estando numa fase complicada, sem tempo para nada de nada, todos os dias tenho tido um presente: TU ainda estás aqui comigo!

Tinha tanto medo de passar o Natal e tu já cá não estares, isso não aconteceu (Graças a DEUS!)
e continuo com muito medo de te perder, e é esse medo que todos os dias me faz sentir que cada dia é uma benção, cada dia é especial, porque tu... estás aqui comigo!


Tinha tanto mais para dizer...

Fica para uma próxima.

quarta-feira, janeiro 30, 2008

My world parte II


Sem tempo para sair com os amigos,
Sem tempo para surfar,
Sem tempo!
Agora toda a minha vida se centra numa árdua tarefa, o Mestrado!!!
Está a dar comigo em doida!
É tanto interessante como trabalhoso!...
Vou fazer um requerimento ao Sócrates para os meus dias passarem a ter 72horas, assim, talvez sobreviva!
1ª Missão: época de exames on the way...

quarta-feira, janeiro 23, 2008

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Quando os amigos nos desiludem....

Dia de Reis!

Festa com os amigos, os amigos de uma vida inteira. E dou por mim a chorar.

Fico triste com a falta de espírito de amor, fraternidade de união!...

Era bom o tempo em que eramos um grupo, um grupo no verdadeiro sentido da palavra,
"juntos como irmãos"
era o nosso lema.
ainda é o meu! Já não é o vosso.

A festa de Natal já não é vivida no verdadeiro espírito de fraternidade do Natal mas antes como forma de premiar os "mais assiduos".

Ser mais assiduo não implica ser melhor... o que cada um vive no seu coração é o mais importante. Mas hoje negligencia-se isso.

O Natal é tempo de unir, não discriminar,
O Natal é tempo de reconciliar, não guerrerar.

Ontem chorei, chorei de mágoa,de tristeza, de ver o meu grupo de uma vida desfeito.
Hoje é mais importante a presença no ponto digital do que a amizade que nos une.

Triste.