sexta-feira, janeiro 01, 2010

2010

E já está.
2010 entrou em pleno!

E, gaita, este há-de ser um grande ano! Ah pois há-de!

Chega de lamechices pegadas, de lágrimas fáceis e de "se's" e "porquês"!
Vamos mas é viver e fazer por isso, afinal, a vida é nossa, mal seja se não formos nós próprios a fazer dela o melhor!

2010 vai ser um grande ano!

Ai vai, vai! até porque adoro o número é redondinho, bonitinho ... 2010!

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Natal...outa vez!

É Natal, mais um ano que termina.

E é Natal!

Porque é que as pessoas comemoram o Natal? Têm necessidade de, uma vez por ano, se mostrarem piedosas e complacentes? Necessidade de, uma vez por ano, ligarem aos que estão mais distantes? Fazer-se notar, no fim do ano "não te liguei nenhuma o ano inteiro, mas estou aqui?", "não sei as dificuldades que tiveste ao longo do ano (nem quero saber porque a minha vida é mais difícil que a tua, e mesmo que não seja, faço questão de afirmar que é!) mas só para relembrar que eu sou uma pessoa super amiga que não me esqueço de ti neste dia!"

O Natal para mim representa o nascimento do menino Jesus que continuamos a assinalar pela Pessoa, o Homem que foi. Jesus era um idealista, um sonhador, Jesus era um modelo de liberdade, simplicidade e também irreverência. Sim, irreverência para a época em questão.
Aquilo que os homens fazem em Seu nome, isso, é outra história. Natal, é o dia do Homem, Jesus.
Tudo o que vai para lá disto, para mim, é ruído.

E cá estamos prestes a entrar na véspera de Natal e eu ainda me pergunto... que raio é isto do Natal, que move multidões, que nem sabem o que é Natal! E cá estamos nós, na época do ano em que se gasta dinheiro a rodos em presentes inúteis, só porque, é Natal.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

A Terra tremeu - o monólogo do sismo

Na madrugada passada a Terra tremeu em Lisboa. Um sismo de magnitude 6.0 na escala de Richter, era 1h37m.
No alto do meu 11.º andar tudo tremeu! TU-DO!

Eu, pessoa de sono pesado, acordei com a cama a abanar. No entanto, sei que se houver uma catástrofe natural de maiores dimensões, vou ter uma atitude calma e segura e, certamente, dormir no assunto. Eis a minha reacção a um sismo 6.0 no alto de um 11.º andar:

O Monólogo do Sismo
(treme o quarto, a cama, tudo)
Isa: está a haver um sismo
(muda de posição na cama e ajeita a almofada)
Isa: está a ser demorado, nunca mais pára!
(adormece novamente embalada pela Terra a mover-se)

E eis que a pessoa que vos escreve, volta a acordar com o despertador às 6h45m da manhã, vai para o banho e pensa "é pá acho que houve um sismo esta noite".

Isa liga a TV et voilá, sismo manhoso faz tremer do Algarve a Lisboa...

Haja descontração! Life is short!

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Descobri (te)

Descobri que não morreste.
Descobri que o teu corpo partiu mas estás sempre perto de mim.
E tens estado sempre, e eu cega, ou não querendo ver, só agora percebi.

Esta noite sonhei contigo.

Desde que partiste sonho muito contigo. Mas não são sonhos bons, o último bom, foi há mais de um ano, sonhei com um abraço, senti-o profundo e apertado, daqueles que trocávamos constantemente. A partir daí, os meus sonhos contigo foram sonhos maus, acordava aflita que estavas a sofrer, acordava em pânico com coisas terríveis que viajavam pelo meu subconsciente.
Hoje sei que era eu que sofria, e tu entravas nos meus sonhos numa tentativa de me avisar, com todas as tuas forças possíveis: com sonhos já que as palavras vociferadas se extinguiram quando partiste.
Hoje sei que viajas nos meus sonhos como forma de estar sempre presente.
Hoje sei que o sonho do abraço foi uma despedida, porque tu sabias que eu ia tomar um rumo diferente na vida, e, como sempre, alertavas-me mas não me proibias. O teu abraço foi um aviso. Foi um "Vai se é o que queres".

Esta noite sonhei contigo. Um sonho tão bom ou melhor que o do abraço: sonhei que estávamos os dois a rir, ouvi a tua gargalhada sincera e estridente. Aquela que eu te fazia soltar com facilidade. Aquela que tu e eu partilhámos tantas vez... Aquela gargalhada de sempre, cresci a ouvi-la. Perdi-a quando partiste mas esta noite ouvi-a outra vez. Igual. No mesmo tom. Com a mesma intensidade.

Foi aí que percebi que tu não me abandonaste, que ainda olhas por mim. Que ainda vives as minhas dores e vibras com as minhas alegrias. Como sempre.
E voltei a ter sonhos bons contigo, foi um prémio. Um prémio pelas decisões tomadas, um prémio por ter voltado ao meu "eu", por continuar a lutar pelos meus ideais, porque me senti perdida, vazia e fraca, mas voltei a mim. Voltei a encontrar-me. Voltei a ser a pessoa que tu ensinaste a ser pessoa.

Continua nos meus sonhos. Preciso de ti.

Um sorriso,

Isabel, a tua filha que te adora intemporalmente.

sábado, dezembro 05, 2009

palavras soltas

Há tanto tempo que não passava por aqui, tanta coisa se passou!
Mas não quero escrever frases coerentes e certinhas,
Hoje apetece-me escrever palavras soltas, do nada, palavras gritadas, choradas, vividas...
apenas "palavras"

acreditar viver desiludir levantar
chorar ganhar e perder amar doer crescer
superar vencer desistir recomeçar cair

amigos abraço força acordar trabalho
dedicação cansaço vida obstáculos desistir lutar fé sorrir medos horizontes

coragem mudar saudade ausências erguer sonhar enfrentar valor carácter

terça-feira, julho 14, 2009

Dona!

Há muito tempo que não escrevo, confesso que tinha saudades mas a inspiração não era muita...
Alguma preguiça cerebral, também! Inércia a rodos!

Tenho-me deparado com um acontecimento assustador na minha vida: as designações.

Sempre fui tratada por um termo que me faz soar campainhas estridentes nos ouvidos, "menina", mas ... quando ao termo "menina" conjugam com o diminutivo "Isabelinha" aí sim... dói, dói profundamente!!! Lá vem o sorriso amarelo.... Gosto tanto de simplesmente, "Isabel", tanto...

Mas, nos últimos tempos, algo de muito estranho se tem passado, o termo "menina" tem-se diluído num "Dona" que é, diga-se, um horror!!! Por favor, bato na boca e peço que o "menina" volte!

Sem perceber a lógica da coisa, passa toda a gente, de repente, a tratar-me por "dona" ...

Quero a menina de volta!!!

terça-feira, março 31, 2009

Tempo

Preciso de tempo.

Tempo para esquecer
Tempo para viver

Penso que o tempo para esquecer tira tempo de viver.
Mas sem esquecer é difícil viver.

Preciso de tempo.

Penso que o tempo se perde em pormenores
Penso que não há tempo para perder tempo com coisas sem a mínima importância
Quero viver as de máxima mas sinto-me, sem tempo.

Sem tempo de esquecer para ter tempo de viver.

Tempo.

Preciso de tempo.

Quero ter tempo para ser feliz
Quero ter tempo para viver
Viver o tempo próprio
Viver o tempo que a vida me reserva
Viver com tempo.