quarta-feira, dezembro 23, 2009

Natal...outa vez!

É Natal, mais um ano que termina.

E é Natal!

Porque é que as pessoas comemoram o Natal? Têm necessidade de, uma vez por ano, se mostrarem piedosas e complacentes? Necessidade de, uma vez por ano, ligarem aos que estão mais distantes? Fazer-se notar, no fim do ano "não te liguei nenhuma o ano inteiro, mas estou aqui?", "não sei as dificuldades que tiveste ao longo do ano (nem quero saber porque a minha vida é mais difícil que a tua, e mesmo que não seja, faço questão de afirmar que é!) mas só para relembrar que eu sou uma pessoa super amiga que não me esqueço de ti neste dia!"

O Natal para mim representa o nascimento do menino Jesus que continuamos a assinalar pela Pessoa, o Homem que foi. Jesus era um idealista, um sonhador, Jesus era um modelo de liberdade, simplicidade e também irreverência. Sim, irreverência para a época em questão.
Aquilo que os homens fazem em Seu nome, isso, é outra história. Natal, é o dia do Homem, Jesus.
Tudo o que vai para lá disto, para mim, é ruído.

E cá estamos prestes a entrar na véspera de Natal e eu ainda me pergunto... que raio é isto do Natal, que move multidões, que nem sabem o que é Natal! E cá estamos nós, na época do ano em que se gasta dinheiro a rodos em presentes inúteis, só porque, é Natal.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

A Terra tremeu - o monólogo do sismo

Na madrugada passada a Terra tremeu em Lisboa. Um sismo de magnitude 6.0 na escala de Richter, era 1h37m.
No alto do meu 11.º andar tudo tremeu! TU-DO!

Eu, pessoa de sono pesado, acordei com a cama a abanar. No entanto, sei que se houver uma catástrofe natural de maiores dimensões, vou ter uma atitude calma e segura e, certamente, dormir no assunto. Eis a minha reacção a um sismo 6.0 no alto de um 11.º andar:

O Monólogo do Sismo
(treme o quarto, a cama, tudo)
Isa: está a haver um sismo
(muda de posição na cama e ajeita a almofada)
Isa: está a ser demorado, nunca mais pára!
(adormece novamente embalada pela Terra a mover-se)

E eis que a pessoa que vos escreve, volta a acordar com o despertador às 6h45m da manhã, vai para o banho e pensa "é pá acho que houve um sismo esta noite".

Isa liga a TV et voilá, sismo manhoso faz tremer do Algarve a Lisboa...

Haja descontração! Life is short!

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Descobri (te)

Descobri que não morreste.
Descobri que o teu corpo partiu mas estás sempre perto de mim.
E tens estado sempre, e eu cega, ou não querendo ver, só agora percebi.

Esta noite sonhei contigo.

Desde que partiste sonho muito contigo. Mas não são sonhos bons, o último bom, foi há mais de um ano, sonhei com um abraço, senti-o profundo e apertado, daqueles que trocávamos constantemente. A partir daí, os meus sonhos contigo foram sonhos maus, acordava aflita que estavas a sofrer, acordava em pânico com coisas terríveis que viajavam pelo meu subconsciente.
Hoje sei que era eu que sofria, e tu entravas nos meus sonhos numa tentativa de me avisar, com todas as tuas forças possíveis: com sonhos já que as palavras vociferadas se extinguiram quando partiste.
Hoje sei que viajas nos meus sonhos como forma de estar sempre presente.
Hoje sei que o sonho do abraço foi uma despedida, porque tu sabias que eu ia tomar um rumo diferente na vida, e, como sempre, alertavas-me mas não me proibias. O teu abraço foi um aviso. Foi um "Vai se é o que queres".

Esta noite sonhei contigo. Um sonho tão bom ou melhor que o do abraço: sonhei que estávamos os dois a rir, ouvi a tua gargalhada sincera e estridente. Aquela que eu te fazia soltar com facilidade. Aquela que tu e eu partilhámos tantas vez... Aquela gargalhada de sempre, cresci a ouvi-la. Perdi-a quando partiste mas esta noite ouvi-a outra vez. Igual. No mesmo tom. Com a mesma intensidade.

Foi aí que percebi que tu não me abandonaste, que ainda olhas por mim. Que ainda vives as minhas dores e vibras com as minhas alegrias. Como sempre.
E voltei a ter sonhos bons contigo, foi um prémio. Um prémio pelas decisões tomadas, um prémio por ter voltado ao meu "eu", por continuar a lutar pelos meus ideais, porque me senti perdida, vazia e fraca, mas voltei a mim. Voltei a encontrar-me. Voltei a ser a pessoa que tu ensinaste a ser pessoa.

Continua nos meus sonhos. Preciso de ti.

Um sorriso,

Isabel, a tua filha que te adora intemporalmente.

sábado, dezembro 05, 2009

palavras soltas

Há tanto tempo que não passava por aqui, tanta coisa se passou!
Mas não quero escrever frases coerentes e certinhas,
Hoje apetece-me escrever palavras soltas, do nada, palavras gritadas, choradas, vividas...
apenas "palavras"

acreditar viver desiludir levantar
chorar ganhar e perder amar doer crescer
superar vencer desistir recomeçar cair

amigos abraço força acordar trabalho
dedicação cansaço vida obstáculos desistir lutar fé sorrir medos horizontes

coragem mudar saudade ausências erguer sonhar enfrentar valor carácter

terça-feira, julho 14, 2009

Dona!

Há muito tempo que não escrevo, confesso que tinha saudades mas a inspiração não era muita...
Alguma preguiça cerebral, também! Inércia a rodos!

Tenho-me deparado com um acontecimento assustador na minha vida: as designações.

Sempre fui tratada por um termo que me faz soar campainhas estridentes nos ouvidos, "menina", mas ... quando ao termo "menina" conjugam com o diminutivo "Isabelinha" aí sim... dói, dói profundamente!!! Lá vem o sorriso amarelo.... Gosto tanto de simplesmente, "Isabel", tanto...

Mas, nos últimos tempos, algo de muito estranho se tem passado, o termo "menina" tem-se diluído num "Dona" que é, diga-se, um horror!!! Por favor, bato na boca e peço que o "menina" volte!

Sem perceber a lógica da coisa, passa toda a gente, de repente, a tratar-me por "dona" ...

Quero a menina de volta!!!

terça-feira, março 31, 2009

Tempo

Preciso de tempo.

Tempo para esquecer
Tempo para viver

Penso que o tempo para esquecer tira tempo de viver.
Mas sem esquecer é difícil viver.

Preciso de tempo.

Penso que o tempo se perde em pormenores
Penso que não há tempo para perder tempo com coisas sem a mínima importância
Quero viver as de máxima mas sinto-me, sem tempo.

Sem tempo de esquecer para ter tempo de viver.

Tempo.

Preciso de tempo.

Quero ter tempo para ser feliz
Quero ter tempo para viver
Viver o tempo próprio
Viver o tempo que a vida me reserva
Viver com tempo.

segunda-feira, março 16, 2009

Living life

Living life as it comes

quinta-feira, março 12, 2009

Obra de arte

"Existe uma obra de arte que nos foi destinada a criar. Ela é o ponto central de nossa vida, e - por mais que tentemos nos enganar - sabemos como é importante para a nossa felicidade. Geralmente esta obra de arte está coberta por anos de medos, culpas, indecisões. Mas, se decidirmos tirar essas aparas, se não duvidarmos da nossa capacidade, somos capazes de levar adiante a missão que nos foi designada.
E esta é a única maneira de viver com honra."

Paulo Coelho in Maktub

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Momentos




"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

A minha luz

Aos meus amigos.

Hoje a inspiração não é muita e a vontade de escrever menor, mas não posso deixar passar em branco...

Vocês são a minha luz.

Na vida pode-nos faltar muita coisa, na vida podemos ter muitos encontros e desencontros, sermos ricos ou pobres, saudáveis ou doentes, mas a amizade verdadeira - aquela inabalável - é o bem mais precioso!

Os amigos verdadeiros, aquele fortes e firmes que lutam ao nosso lado, riem e choram connosco e que apoiam em todos os momentos, são o dom da (minha) vida. Mesmo quando escolhemos caminhos divergentes não nos criticam mas estão lá para nos apoiar quando caímos forte e feio. Sem cobrar razões, apenas mostrando que continuam ali e nunca estamos sós.

A felicidade de ter bons e verdadeiros amigos não pode passar em vão. São a minha luz.

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Tudo em geral, nada em particular!

Hoje apetece-me escrever!
Mas cheguei à conclusão que quero escrever sobre tudo em geral e nada em particular!

Após mês e meio de intenso frio e chuva hoje esteve um dia de sol fantástico. Dia de trabalho, mas que me permitiu ter 15 minutos de absoluta fotossintese no percurso Estefânia - CUF!

Solinho na cara, música boa no carro, respirar fundo, e cá estou eu, renascida das cinzas!

Sou eu de novo.
Estive submergida e emergi.
Emergi para a vida, emergi...

E ao emergir abri os olhos e vi. Vi os amigos que amo, os afilhados que adoro, o trabalho que me motiva, vi-te.
E a ti devo o sopro que levou para longe as nuvens cinzentas.
A ti devo a vontade de voltar a sorrir.
A ti devo a força que me fez afugentar os meus medos e atirar-me de cabeça...

Vou cair? Não sei... talvez, sim ou não. Mas no presente, no presente tudo é música, sinfonia, compasso e o que me move é o presente.

O futuro vem de um dia atrás do outro.

De tudo em geral e de nada em particular, porque o tudo são os pequenos nadas que fazem a minha vida. A minha vida sorrir.

quarta-feira, janeiro 28, 2009

O salto

No fim de semana que passou saltei em queda livre a 4200m!
Foi uma sensação única!
Junta-se a ansiedade do último mês por aquele determinado momento,
mais o frio na barriga quando a porta do avião abriu,
mais a sensação de cair no vazio, é ... qualquer coisa!

É extraordinário!

Depois, quando o pára-quedas abre, é o desfrutar do momento!
É sentir-me a voar ao sabor do vento! Sem pressas, sem nada. Só eu!

Sinto-me viva.
Dei o salto e segui em frente.

Fechei os olhos e atirei-me de cabeça, pelo salto e por ti. Feito.
Agora, sem pressas, sinto-me a voar ao sabor do vento.

E hoje sou feliz novamente.
Dei o salto.

sexta-feira, janeiro 09, 2009

Frio miudinho

Hoje está um dia lindo!
Está um frio miudinho em Lisboa (2ºC apenas) mas um sol lindo e maravilhoso!
O Sol faz sempre falta, seja Inverno ou Verão!