terça-feira, dezembro 16, 2008

Intervalos

Apesar de a cabeça andar ocupada com aparelho respiratório, fibroses quísticas e afins (não vou explanar os afins, perderia-me entre expectorações e condensados brônquicos, ok... eu páro!)

Mas, apesar da cabeça andar ocupada com essas matérias, por vezes, deparo comigo a pensar na vida.

Pensar na vida...

Esta época do ano é propícia a esse tipo de pensamentos. Parece que quando finda um ano, inevitavelmente, fazemos o balanço do ano que está a terminar e, quase em simultâneo, as projecções para o seguinte.

Do ano que está terminar não quero falar muito. Foi mau. O pior da minha vida. Não vai deixar saudades! Espero que com o seu término, finde também a minha estrada de infortúnio que atravessei, penosamente, em 2008.

Do ano que se aproxima... tenho medos, tenho certezas e projectos.

Os projectos traduzem, tanto, em duas palavras: ser feliz.

As certezas são algumas: este ano quero viver mais e pensar menos. Quero abrir as portas do meu mundo! Quero experimentar coisas novas, quero conhecer mais, quero viver ao segundo!

Os medos são mais que muitos: medo de estar, daqui a um ano, a escrever o mesmo. Medo de, daqui a um ano, não ter conseguido alcançar as minhas metas, medo que a minha vida esteja no mesmo ponto em que o trabalho e o Mestrado, são, sem dúvida a parte mais importante.

Mas o que é certo é que, apesar destes medos, vivo o dia passo-a-passo.
Que das coisas más que me aconteceram acho que consegui tirar lições de vida e aprender com o sofrimento.

O importante, sei agora, não é o que sucede nas nossas vidas, é como damos a volta por cima!

E apesar das tristezas, eu continuo a querer rir e ser feliz!
Continuo a aproveitar ao máximo dos bons momentos que intercalam com os menos bons, são esses intervalos que nos dão força para dar a volta por cima!

Porque apesar das duras quedas, continuo a ter força para levantar, seguir em frente e, sempre, sorrir.

segunda-feira, dezembro 08, 2008

Ser feliz com o que temos

Pela teoria das pipocas (ver post anterior) hoje descentrei-me um pouco de todos os "se's" (e não são poucos) que me assombram e decidi viver de acordo com o lema "pelo menos temos as pipocas!"
E... surpreendentemente, hoje, ao fim de muitos meses, tive momentos de cumplicidade com a minha mãe!

Facto dificil desde que o meu pai partiu.

Mas hoje decidi viver de acordo com o lema "pelo menos temos as pipocas!".

Hoje fui almoçar com a minha mãe à Catedral da Cerveja no Estádio da LUZ! Sempre tivemos estes momentos maravilhosos em família. E, de acordo com o lema das pipocas, agora a minha família é a mãe, portanto, tenho que ser feliz com o que tenho. Não há mais ninguém, mas podemos (tentar) ser felizes na mesma. E, acima de tudo, a fazer coisas que sempre fizemos, em família!

E... pai, acredita que estás presente em todos os minutos que conseguimos conversar hoje.
E... pai, sei que onde estás, ficaste certamente muito feliz.

Afinal não custa muito. Podemos ser felizes só com as pipocas!

A ti, mãe, que estás cá para/por mim.
A ti, pai, que apesar de já não estares, continuas a ser a força, a inspiração da minha vida.
A ti, meu querido Tomás, que com o teu sorriso maroto e com a tua genuína simplicidade dos teus 7 anos, me ensinas coisas tão simples como: ser feliz com o que temos.

E, hoje, senti que não estava sozinha!

Pelo menos temos as pipocas!!!

Ver a vida como se tivéssemos 7 anos!
As coisas simples são as mais belas, e, se todos nós vissemos a vida pela perspectiva das crianças, sem dúvida, que saber viver seria muito mais fácil!

O meu afilhado Tomás, pela sua forma descontraída de ser, pela frontalidade, pela simplicidade, dá-me grandes licções de vida, desde pequenino. Tem 7 anos diz o que pensa (ponto!)...

Se as coisas são simples para quê complicar?!... até parece fácil!

Ontem íamos ver o Madagáscar ao cinema! Fantástico! Super entusiasmados! Mas, confesso que a minha ideia não foi brilhante: Domingo frio e chuvoso é sinónimo de Centros Comerciais cheios e cinemas lotados!

Chegámos, com toda a vontade do mundo, mas a sessão estava esgotada. Desapontamento.

Uma ida em vão ao cinema. Como lhe explicar?!
Mas... como sempre, este menino surpreende-me nas mais pequenas coisas. Com o seu sorriso mais lindo, e com a descontração que lhe é característica, diz-me:

"Pelo menos temos as pipocas!!!" E é um facto! E comemos alegremente as pipocas.

Não seria a vida muito mais fácil se também a encarassemos assim?!

domingo, dezembro 07, 2008

Lost

Não conhecia esta música, um amigo "ofereceu-ma", mesmo numa altura em que eu a precisava de ouvir. De facto, esta letra "traduz-me" na perfeição. Obrigada, João!

I can't believe it's over

I watched the whole thing fall
And I never saw the writing that was on the wall
If I'd only knew
The days were slipping past
That the good things never last
That you were crying

Summer turned to winter
And the snow it turned to rain
And the rain turned into tears upon your face
I hardly recognized the girl you are today
And god I hope it's not too late
It's not too late
'Cause you are not alone
I'm always there with you
And we'll get lost together
Till the light comes pouring through
'Cause when you feel like you're done
And the darkness has won
Babe, you're not lost
When your worlds crashing down
And you can't bear the thought
I said, babe, you're not lost

Life can show no mercy
It can tear your soul apart
It can make you feel like you've gone crazy
But you're not
Things have seem to changed
There's one thing that's still the same
In my heart you have remained
And we can fly fly fly away

'Cause you are not alone
And I am there with you
And we'll get lost together
Till the light comes pouring through
'Cause when you feel like you're done
And the darkness has won
Babe, you're not lost
When the worlds crashing down
And you can not bear the cross
I said, baby, you're not lost
I said, baby, you're not lost
I said, baby, you're not lost
I said, baby, you're not lost

by Michael Bublé