quinta-feira, agosto 30, 2007

Pain

A dor que não mata fortalece ...
Sou mais forte hoje... tu sabes ...
A incerteza do futuro traz-me sentimentos de angústia e impotência que ferem ... doem ...

Tento viver e não pensar...

Viver o momento presente.... sem pensar no "a seguir" ... porque o "a seguir" pode trazer os meus piores pesadelos....

E este intervalo que a vida me tem dado tem-me proporcionado viver aquilo que mais gosto... contigo presente, paizinho!


E o meu medo de te perder é tão grande que preciso de viver sem pensar para sobreviver ao medo... ao medo de te perder, paizinho!

O medo de ficar sem ti ou ver-te sofrer é tão grande que quero que o dia de hoje se repita hoje, amanhã e sempre... pq sei... que hoje estás aqui comigo e ... somos muito felizes!

O meu medo de te perder, paizinho, é tão grande que me sufoca e vivo o dia a dia a sorrir porque sei que tu hoje estás aqui comigo, pai, e gostas de me ver sorrir!

A tua filha,

Isabel
(London, 23 de Julho)

Posted 30th of August

1 comentário:

Anónimo disse...

A minha avó partiu sem que houvesse tempo para me preparar mais uma gemada ou colorir o neto mais uma vez de vermelho... Todos os dias quando me levanto da cama, cruzo-me com uma fotografia dela... Ainda doi. Mas ao mesmo tempo ela está bem perto de mim todos os dias. O meu relogio vermelho, a minha camisola vermelha, o meu respeito pelos animais, a humildade de levantar todos os dias para o trabalho...

Quem amamos marca-nos no momento mas também no nosso viver contínuo. Os pequenos pormenores da vida são influencionados por quem nos rodeia. Quando menos damos por isso, estão em nós e nas nossas pequenas coisas, um pouco por todo o lado. A minha avó já cá não está, mas vive nos meus jeitos do dia a dia. Acho que ela ia gostar. E isso vale bem mais do que aquela fotografia...

Luis